A polícia precisa estar presente nas ruas vazias

BOM DIA.

Para a esquerda, é evidente que Jair Bolsonaro mais uma vez errou e mostrou incompetência. A direita se dividiu: parte diz que ele pisou na bola, mas, garantindo que mesmo assim não o abandona e, uma outra, concorda em número, gênero e grau. Lembremos de uma frase antiga e conhecida: é preciso saber ou ter cuidado para falar ou comunicar tudo o que se configura complicado. O Presidente da República poderia ter dado o seu recado na noite de terça-feira (24), de forma mais polida e cuidadosa. Muitos acham que o texto não passou pelas mãos de um profissional. Não era necessário acusar jornalistas. Também sua gripe ou época de atleta, poderia ter sido tirada do contexto. Na verdade, o grande receio de Jair Bolsonaro e isso ele não soube passar com classe ao povo brasileiro, é a recessão. Medo da falta de dinheiro e explosão do desemprego. Se a economia parar por muito tempo, ou seja, se não entrar dinheiro no caixa da loja ou da empresa, Bolsonaro quer que expliquem como o comerciante vai honrar o salário do seu empregado no quinto dia útil de abril, maio e junho? Péssimo sem salário, imagine caso perca o emprego. É isso que na essência o nosso presidente não conseguiu  inserir para um debate de ideias buscando solução. O isolamento é necessário e isso é indiscutível. Como dizem que na vida só não tem jeito para a morte, a abertura de um dialogo, independente do desfecho, seria e é o melhor caminho. Um bom dia para você. 

O QUE
ELES DIZEM

Foto: HSBC

“Agora a preocupação é com a doença e isso está certo. Contudo, é preciso pés no presente e olhos no futuro. Corremos grande risco de quebradeira. PIB afundando, empresas sem dinheiro podendo fechar, não pagar, desempregar ou reduzir horas. Não existe mágica, mas é, preciso uma ação ou estratégia  para amenizar o sofrimento”.

André Loes (Economista da Kairós Capital).

DESTAQUES

Piracicaba anunciou seu segundo caso da coronavírus. Acontece que a jovem de 22 anos mora em São Paulo e lá contraiu a doença, sendo atendida e diagnosticada no Albert Einstein. Na capital paulista cumpre isolamento domiciliar. Explicação: ela adota endereço da família que reside em Piracicaba e para o Ministério da Saúde aqui é a sua residência oficial. Critério no mínimo equivocado.

Comércio que fechou as portas por ordem do Governo Estadual, gostaria de uma contra partida:  incentivos financeiro e fiscal, copiando o Governo Federal.

Também o Governo Municipal de Piracicaba poderia estudar ou negociar ajuda, pois igualmente decretou calamidade pública e paralização do comércio.

Campanha da Vacina contra a Gripe deve ser retomada hoje (26) e seguirá normalmente o calendário estabelecido.

Comércio segue fechado. Mas, já se pergunta: e quando chegar o dia 7 de abril?

Jogos Olímpicos só em 2021. COB terá que refazer todos os planos, inclusive financeiro. Atletas se preocupam com um ano a mais de idade, principalmente os experientes.

Ministro (Saúde) Luiz Henrique Mandetta confidenciou a amigos  uma decisão simples: não obedecerá ordem e nem pedirá demissão. Se o Presidente da República não gostar, tem uma saída: demiti-lo.

Ministério da Saúde deverá permitir que médicos usem remédio da malária (cloroquina) em pacientes graves com a Covid-19.

OLHO NO OLHO

Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. É possível sentir cheio de arroz queimado. Algumas das muitas frases antigas e folclóricas de um povo ansioso. Também existe espaço para paciência e esperança. A verdade é que nunca se viveu uma experiência tão angustiante. De um lado, a terrível doença que além de perigosa é desconhecida. Do outro, o contexto político do país. Tentando sair de uma crise sem precedentes, fruto de governos não condenados  política e moralmente, o atual Governo Federal depois de 15 meses, ainda não conseguiu se estabilizar. Se todos se mostrassem unidos, ou seja, autoridades, políticos e partidos mostrando um mesmo discurso, já seria difícil enfrentar uma economia que pode em curtíssimo tempo conhecer uma de suas piores crises, então, imagine onde não existe união. Bolsonaro e equipe não se entendem e, ao mesmo tempo, se escancara desentendimentos entre o Palácio do Planalto e Estados. Só rezando. Impossível um quadro pior e também imaginar o futuro.

SERVIÇO

PONTO FINAL

Impressiona ver as ruas vazias. Não é domingo ou feriado. Tudo,  todos os lugares, deveria se mostrar agitado. Porém, o destino nos impôs uma situação inimaginável. Vai passar, é evidente, mas, qual será o saldo? Agora, mais do que nunca parece que o tempo não passa. Quanto? Um, dois, três ou cinco meses? São muitas horas e dias de angustia. Só que não tem jeito. Enfrenta ou perde. Se dói ver ou imaginar o prejuízo de comerciantes e empresários, é preciso também se preocupar com aqueles que permanecem na ativa. Temos postos de combustíveis, supermercados, padarias, farmácias e outros segmentos da área da saúde abertos. Movimento fraco para muitas despesas além do terrível desgaste emocional. Muitos sentem insegurança total, pois já se tem informação de assaltos em pequenos estabelecimentos. Mesmo rodando com o carro numa suposta ou imaginária cidade fantasma, parando nos semáforos, é possível sentir receio. A nossa polícia precisa intensificar sua ação nas ruas e avenidas. Mostrando estar em operação, haverá menos desconforto. Quem está trabalhando e quem precisa deixar sua casa, indo ou chegando do trabalho, precisa de proteção.

VOLTO AMANHÃ.

ATÉ LÁ.

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