Lockdown é polêmico, mas precisa dar certo para evitar o pior

(Leia no PONTO FINAL).

BOM DIA.

Dias difíceis, tensos e preocupantes. Parar a economia provoca consequências doloridas e previsíveis. Costuma-se dizer ser fácil ficar trancado em casa quem tem vida financeira tranquila ou a garantia do salário. Por outro lado, muito se debateu e debate sobre a impossibilidade de lockdown no Brasil. Uma enorme fatia da população brasileira reside em moradias pequenas e humildes: muita gente para pouco espaço físico, com aglomeração inevitável. Com tudo parado, muita gente que ganha o dinheiro na rua para o pão de cada dia, fica sem opção: vender para quem o milho verde, fruta, pipoca, sorvete, guardanapo, doce, bala e outras coisas mais? Não vai ter ganho nem para o flanelinha que “olha” o carro. Desemprego enorme com tendência para aumentar diante de mais falências. Igrejas sem receitas que cuidam de famílias em vulnerabilidade social, também enfrentam dificuldades, bastando perguntar aos estimados e dedicados vicentinos. Se o prefeito municipal pensa nas medidas restritivas, o Fundo Social necessita estar atento a inúmeras casas com geladeira vazia. Criança com fome dói tanto quanto a Covid. Um bom dia para você.

O QUE
DIZEM ELES

“SEREI CANDIDATO EM 2022, NÃO QURO NADA COM O PT E O LULA OUTRA VEZ ESTÁ MENTINDO. ELE NÃO FOI PROCLAMADO INOCENTE”.

Ciro Gomes (Advogado, professor e político filiado ao PDT).

CURTAS&MISTURADAS

● REUNIÃO importante nesta quarta (24), em Brasília: representantes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional, governadores e prefeitos, devem discutir rumos do combate a pandemia: a ideia seria centralizar na Presidência da República. ● GUILHERME Boulos dá sinais de querer mais espaço ou liberdade no PSOL. ● DÓRIA visivelmente muda sua estratégia: agora ninguém mais sabe se ele vai querer disputar a reeleição ou a Presidência da República. ● PRESIDENTE da CBF, Carlos Caboclo, não esconde seu ponto de vista: não quer que o futebol pare na pandemia, alegando que, se isso acontecer, ninguém poderia assegurar quando aconteceria a volta. CANAL Viva apresenta um show insuportável de reprises em se tratando da consagrada Escolinha do Professor Raimundo. RODRIGO Pacheco, presidente do Senado Federal diz que tudo fará para que ainda este ano o Congresso Nacional venha a votar as reformas administrativa e tributária: previsão é de debates durante quatro meses na Câmara dos Deputados e mais quatro meses no Senado. ● VOLKSWAGEN do Brasil que suspendeu produção por conta da pandemia, diz que, após a crise, a empresa pode focar no etanol, com um carro 100% ecológico. ● EDUARDO Pazuello deixou o Ministério da Saúde, mas não deve deixar o governo federal: é possível até a criação de um ministério para acolhê-lo. NADA confortável a situação dos clubes brasileiros com a doença sanitária: sobram dúvidas e muita divisão quanto a parar ou não o futebol. ● GOVERNO Federal disposto a investir na TV Brasil, visando uma mudança radical: 10 milhões de reais para troca de cenários, parte gráfica, novos cenários e programas e telejornais. ● DIVERSOS órgãos federais detectam aumento expressivo de casos de assédio moral: puxa a fila, os Correios. ● PREFEITOS das cidades do litoral paulista vão intensificar trabalhos de informação para evitar a presença de turistas na Semana Santa: todas as praias estarão fechadas. PREJUÍZO só aumenta: o Japão não permitirá presença de turistas nos Jogos Olímpicos. ● BASTIDORES tem, segundo informações, uma forte presença da Globo que discorda com a parada do futebol: já os clubes sabem que, sem futebol, a emissora não repassa receita.  

PONTO FINAL

Lockdown é tão polêmico quanto ao tratamento precoce. Parte aprova e parte não. Para o presidente Jair Bolsonaro, lockdown só serve para deixar o pobre mais pobre, pois ele não tem a mínima estrutura para ficar em casa. Precisa porque precisa trabalhar na rua, para trazer para casa o sustento dos filhos. Por outro lado, muitos acreditam ser a única maneira, além da máscara, de evitar a propagação da Covid-19. De acordo com as informações, o prefeito Luciano Almeida relutou muito para decretar o lockdown em Piracicaba. Aliás, ele evita pronunciar essa palavra, pois o incomoda. No entanto, teria sido convencido pelos profissionais da saúde, bastante cansados, tensos e preocupados com a falta de leitos, UTIs e insumos nos hospitais. Para a Secretaria de Saúde de Piracicaba, não havendo uma decisão diferenciada ou agressiva, o colapso hospitalar será inevitável, com risco de morte por falta de atendimento. Diante da insistência de médicos e integrantes da enfermagem, Luciano Almeida foi convencido ao decreto que vigorará de 27 de março (sábado próximo, a 4 de abril, domingo. Para amenizar o impacto, o prefeito insiste: “É a nossa grande e talvez única chance de conter a Cvodi-19 em Piracicaba. Além do mais, na verdade, vamos perder apenas quatro duas úteis, pois estaremos em época de feriados da Semana Santa, mais dois sábados e dois domingos. Vamos nos unir para valer a pena o sacrifício. Pelo amor de Deus, nada de passeio ou festa. Estamos numa guerra e o adversário é uma doença surpreendente, terrível, fatal”.

VOLTO AMANHÃ.

ATÉ LÁ.

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