(Leia no PONTO FINAL).
BOM DIA.
A CPI da Covid-19, deverá em junho, ouvir governadores e prefeitos. Nada mais correto. Aliás, é por esse lado que deveria ter começado. No seu depoimento de terça-feira (25), a médica Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, disse: “Estive em Manaus em janeiro, e quando lá cheguei, levei um susto diante flagrante desorganização e falta de planejamento. Tinha gente com Covid sendo atendida junto com quem não tinha Covid”. Embora o STF negue, todos sabem que foi o mesmo quem tirou a responsabilidade do Governo Federal no combate a pandemia, confiando a missão aos governadores e prefeitos. São eles que devem dar explicações sobre o que foi e como foi feito o enfrentamento a doença. Mais: como foram gastos os 120 milhões de reais liberados pelo Governo Federal para estados e municípios. Diante de tantas denúncias sobre o mal uso da verba pública, nada mais justo os mesmos darem explicações. A CPI insiste na cloroquina, mesmo sabendo que nesse imenso Brasil, milhares de médicos usaram e usam esse medicamento, assim como a ivermectina e annita. Duas frases importantes de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão de Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde: “O Ministério da Saúde não manda, nem pode mandar o médico fazer isso ou aquilo, e nem mesmo o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário podem mandar. O médico sempre receita o que julga correto e de conformidade com a vontade do paciente. Quanto a OMS, o Brasil não é obrigado a obedecê-la, até porque ela já errou muito nessa pandemia”.
O QUE
ELES DIZEM
“G0VERNADORES E PARTIDOS, POR ENQUANTO, ANALISAM E CONVERSAM SOBRE O QUADRO POLITICO DO PAÍS QUE PODE E DEVE MUDAR ATÉ AS ELEIÇÕES. AINDA É MUITO CEDO PARA DEFINIÇÕES”.
Luiz Felipe Baleia T. Rossi (Empresário, Deputado Federal e Presidente Nacional do MDB).
OLHO NO OLHO
Logo no início do mandato de Jair Bolsonaro, seus assessores, amigos e aliados, descobriram sua forte personalidade e a dificuldade para lhe passar orientações, opiniões ou conselhos. Quando das interferências de seus filhos no governo, tentaram alertá-lo sobre possíveis problemas, mas desistiram. Por esse e outros motivos, é que o Brasil atordoado e inconformado com milhares de mortes, lamenta a falta de sensibilidade e até de seriedade do Presidente da República, que não usa máscara, não dando a mínima para a indicada e indispensável proteção. Pergunta simples: quanto custa, qual a dificuldade do chefe da nação em se proteger de forma correta, dar exemplo e pedir a todo cidadão (ã), para que se cuide, pois, a doença que nos ataca é perigosa, aliás, mortal. Nessa hora, lembramos dos nossos pais e avós que diziam: “Cabeça dura não tem cura”. Ou então: “Pau que nasce torto, nunca se endireita”.
OPINIÃO
Nosso prefeito Luciano Almeida, deveria num ato de humildade e grandeza, aceitar o convite da médica Adriana Brasil e visitar o Hospital Ilumina. Ela fez o convite publicamente: “Queremos passar uma borracha em tudo o que aconteceu e começar do zero. Gostaríamos que o prefeito no visitasse e conhecesse nossos projetos, o hospital que não é meu, não tem dono, é da população, pois foi construído com dinheiro público”. Desde o início alertávamos sobre a necessidade de diálogo entre as partes, evitando a judicialização. Bobagem o desentendimento que nunca traz benefícios. Ainda temos a esperança de ver um entendendo, contribuindo para o bem estar da comunidade. O Hospital Ilumina presta um serviço de extraordinária relevância a comunidade. Isso jamais pode ser ignorado.
PONTO FINAL
Novas variantes da Covid-19 são a todo momento anunciadas. A indiana já apareceu em São Paulo. Nova onda é possível. O inverno pode propagar ainda mais a pandemia. Enfim, não faltam notícias negativas para preocupar o já estressado brasileiro diante da terrível doença que chegou, faz mais de um ano, e não mostra sinais de enfraquecimento. O que fazer? Todos sabem. Mas, muitos não levam a sério o complicado momento vivido pela saúde pública e insistem em não obedecer normas. Anima um pouco saber que na terça-feira (25), o Brasil registrou o menor número de óbitos nos últimos meses, contudo, isso pode ser passageiro ou enganoso, na medida que as regras sejam relaxadas. Piracicaba já teve fases agudas em 2020, com regressão perto do final do ano; aumentou novamente no início de 2021, voltou a cair e agora temos outra vez centenas de casos numa semana. Mortes por conta da Covid-19 definitivamente viraram rotina e, se antes a preocupação era saber se morreu alguém, agora a pergunta é quantos morreram no dia. Ontem (26), duas mortes registradas (um homem com 101 anos e uma mulher com 49 anos), totalizando 950; 216 casos confirmados, chegando a 49.998; enfermagem com taxa de ocupação de 74% e UTIs, 93%. A Prefeitura Municipal mantém uma dedicada e eficiente força tarefa que fiscaliza noite/madrugada, contudo, os casos são observados também durante o dia. Tem gente não usando máscara, inclusive na área central, setor do comércio. Reuniões em barzinhos e outros pontos nos bairros, imediações da Rua do Porto, enfim, por todo quanto é lado numa cidade que não é pequena, com população superior a 400 mil habitantes. Urgentemente é preciso definir uma estratégia de combate, reunindo todas as forças ou instituições que queiram colaborar, e ir a luta. Do contrário, em curto espaço de tempo, o município e sua população, podem amargar novamente o triste episódio de restrições envolvendo o comércio e outros serviços.
VOLTO AMANHÃ.
ATÉ LÁ.