BOM DIA
Nossas antecipadas desculpas, mas fugindo um pouco da postura crítica, sempre procurando pautar pela razão e equilíbrio, ousamos perguntar: não se usa máscara por preguiça, vergonha ou ignorância mesmo? Uma crise sanitária sem precedentes, pandemia traiçoeira e você vê com toda facilidade e displicência, gente entrando e saindo dos estabelecimentos comerciais, mesmo supermercados, padarias e farmácias, sem o indispensável, importante e barato equipamento conhecido como máscara. De que adianta quarentena, fechar comércio com custo altíssimo para o empresário e comerciante, consequência terríveis para o trabalhador, se não existe precaução e bom senso ao precisar sair de casa? Será que nossas autoridades não poderiam se esforçar um pouquinho e mandar seu pessoal para a rua? Vamos cobrar obrigação. Conscientização? Esqueçam. É importante lembrar que a Secretaria de Saúde faz e bem seu papel. Porém, num momento totalmente atípico, outras secretarias ou setores públicos poderiam entrar em ação. Afinal, todos os segmentos estão sendo prejudicados e o valor será alto. Se a gente sabe de tantos abusos e absurdos, por que quem tem o poder nas mãos não consegue ver e agir? O aumento de casos não é novidade ou surpresa e, com descaso, a tendência é a conta aumentar. Um bom dia para você.
O QUE
ELES DIZEM
“A PRÓXIMA PANDEMIA SERÁ DA ECONOMIA E TAMBÉM TERRÍVEL”.
(Euclides Libardi (Presidente do SIMESPI).
DESTAQUES
Piracicaba tem a pandemia sob controle, mas a situação poderia ser melhor se o seu povo mostrasse mais responsabilidade com a vida e o próximo.
Em Brasília aposta-se na bola da vez. Paulo Guedes é o primeiro da lista. Depois, a ministra da Agricultura Tereza Cristina.
Para o presidente da ACIPI, Luiz Carlos Furtuoso, no momento de decidir pela quarentena no comércio, faltou conversar mais com os empresários e comerciantes.
Secretaria de Obras garante que conclui o trabalho no campo de futebol do Jardim Gilda no segundo semestre.
Governo de São Paulo prevê retorno das aulas em julho de forma gradual.
Plano do governador João Dória para ajudar o comércio: mudar a comemoração do Dia das Mães para agosto.
ACIPI doou 30 mil reais para confecção de máscaras.
Associação Guarantã quer encenar a Paixão de Cristo ainda este ano, mas não tem data definida.
Congresso Nacional recusa debater dois assuntos: usar Fundo Eleitoral no combate a Covid-19 e adiar as eleições de outubro.
Em Piracicaba, empréstimos por parte do Banco do Povo tiveram um acréscimo superior a 1.000%.
A dengue recua na Noiva da Colina. Ótima notícia, mas o período crítico ainda está por vir, juntamente com a H1N1 com a chegada do inverno.
A partir desta segunda-feira, toda as atenções para os bastidores da Capital Federal. Olho no comportamento da Polícia Federal e de Paulo Guedes na economia.
Rompimento de Jair Bolsonaro e Sérgio Moro divide o Brasil. Porém, o prestígio do ex-juiz federal segue intacto mundo afora.
UPA da Vila Cristina passou pelo processo de desinsetização no último sábado (25).
Secretaria Municipal de Piracicaba já recebeu suplementação orçamentária vinda do Ministério da Saúde: R$ 9.791.339,54. Mais de 8 milhões serão usados no combate ao coronavírus.
Sem apoio de Rodrigo Maia, Jair Bolsonaro muda estratégia e negocia direto com partidos. Chamou o Centrão e teria acertado o comando do Banco do Nordeste com o PP. Artur Lira, investigado pela Lavo Jato, é cotado para a presidência. A conferir.
Sempre é bom lembrar: vacina contra a gripe continua a disposição dos piracicabanos nas unidades de Saúde. Mas, é preciso consultar o calendário de prioridades.
Tem quem já antecipe em Brasília, que profissionais importantes da equipe de Paulo Guedes querem sair. Avaliam que tudo está muito confuso e deixar o tempo passar, sem solução, será pior.
INFORMAÇÃO
Segundo o Ministério da Saúde, o uso adequado das máscaras, aliado à higiene e outros fatores, diminui a probabilidade de contágio do coronavírus. A partir desses dados e preocupada com a atual situação, a Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (ACIPI) doou R$ 30 mil para compra de insumos e confecção de 30 mil máscaras de tecido ao projeto “Máscaras Amigas”, idealizado pelo Rotary Club Piracicaba Luiz de Queiroz. Além da orientação com relação à economia e geração de emprego e renda, o presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso, destaca outra preocupação, a preservação da vida. Com essa doação, a entidade tem como objetivo auxiliar, também, a população de Piracicaba, principalmente os mais vulneráveis e aqueles que têm dificuldades de adquirir o produto. De acordo com Eduardo Campanha, presidente do Rotary Club Piracicaba Luiz de Queiroz, a parceria partiu de uma necessidade da instituição, que, em busca de angariar recursos, entrou em contato com a Acipi. “Nesta semana, as doações já haviam cessado, não estávamos mais recebendo. Procuramos, então, a Acipi para nos ajudar neste projeto. O dinheiro doado pela entidade será revertido em tecidos tricoline. Vamos comprar, também, elásticos e linha”, disse Campanha. O material, que protege contra o coronavírus, será produzido por mais de 200 voluntárias, entre elas costureiras, donas de casa, aposentadas ou pessoas que estão em isolamento social, com idades entre 11 e 95 anos. A iniciativa movimenta essas mulheres, que costuram em suas residências, além de mais de 30 voluntários envolvidos na logística de entregas das sacolas, separação do material, corte de tecido e de elástico, colocação das máscaras em embalagens plásticas, entre outras atividades. Ao final do processo, são montados kits lacrados, cada um contendo duas máscaras e um flyer de orientação. Assim que ficarem prontos, esses kits serão distribuídos pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Piracicaba, que fará uma triagem da população em situação de vulnerabilidade social.
OLHO NO OLHO
O episódio Jair Bolsonaro e Sérgio Moro não é difícil de entender. Basta que se analise com isenção: sem paixão e sim com a razão. Regra um: todo ocupante de cargo executivo de relevância precisa ter seus predicados reconhecidos publicamente para a função, exigindo-se experiência e um mínimo de proximidade com o seu superior. Regra dois: nunca convidar ou nomear alguém tão importante que depois não possa demiti-lo. Em plena lua de mel, no calor da festa da vitória, toda possível adversidade foi ignorada. A rigor, nem Bolsonaro e Moro tinham qualquer afinidade pessoal e até mesmo com a missão lhes confiada. Resultado: o brilhante juiz não deu certo no Ministério da Justiça e Segurança, e o mito está mal na presidência. Moro, inteligente e com inegável prestígio, se reencontrará. Já Bolsonaro pode (deve e precisa) consertar o rumo. Do contrário o barco afundará, mais cedo ou mais tarde. Desconhecer é tapar o sol com a peneira. Não se trata de impeachment, mas de coerência. Para tudo na vida tem limite e ele chega. Sérgio Moro apostou e se deu mal. Contudo, ignorar seu esplendido trabalho em Curitiba é um grande erro. Não existiria futuro ou esperança (nem mesmo Bolsonaro) sem a lava jato que aconteceu unicamente por obra da competência e principalmente coragem. Jair Bolsonaro, até prova contrário, é um presidente dedicado e cheio de boas intenções, contudo, exageradamente ansioso, atrapalhado, para não cravar despreparado. É muito gente no seu ouvido e a preocupação com os filhos virou prioridade. Embora, agora já no olho do furacão, pode se redimir, teria que mudar sua postura da água para o vinho. Se quiser se salvar e salvar seu mandato, terá que querer e, se precisar, brigar consigo mesmo. Perdeu e pode perder aliados importantes, mas muito pior, é um dia, ao acordar e descobrir que todos os amigos foram embora. Sem chão, sozinho, ficará entregue a própria sorte. E, o povo, a grande arma de Bolsonaro? Logicamente parceria importantíssima, até decisiva, no entanto, até surgir o imponderável.
PONTO FINAL
E, o esporte? E, o futebol? Quem poderia imaginar, clubes e atletas sem rumo? Inclui-se a FIFA, confederações federações. Também o COI se mostra preocupado. Evidentemente sofrem muitos outros: torcida, investidores, a mídia, em especial televisão e rádio. Mas, o que fazer? No momento, nada a não ser dar tempo ao tempo. Mas, quanto tempo? Tem quem pense em maio, o que, aparentemente, parece impossível. Junho? Quem sabe julho ou agosto. Tem clubes no Brasil ensaiando uma tímida volta, aos treinos em maio, num processo de avaliação, formando grupos de até quatro atletas, em horas separadas. Salvar o calendário 2020 é a meta de todos. Os contratos preocupam, mas também os atletas estão pressionados, pois de nada adianta cobrar seus clubes, pois ninguém vai negociar com ninguém. A Coréia do Sul deverá ser o primeiro país a retornar, já tendo anunciado o reinício das disputas dia 8 de maio. Já a Holanda tomou uma decisão radical: reuniu clubes e atletas e resolveu encerrar a temporada. Depois de 26 rodadas, avisou que todos os jogos se transformarão em amistosos, sem acesso e rebaixamento, com volta oficial em 2021 ou no final do ano. Explicação: “Não vale a pena o risco e o sofrimento. Em primeiro lugar a vida”. E, a torcida? Quando ela poderá voltar normalmente aos estádios, ficar lado a lado? A FIFA, no momento, se preocupa com a falta de dinheiro e, por isso, anunciou a liberação de quase um bilhão de reais para socorrer as confederações e federações: R$ 816,9 milhões serão distribuídos a 211 órgãos filiados, entre eles, a CBF. Para cada país será repassado US$ 500 mil (R$ 2,7 milhões para cada), com o objetivo de se fazer frete as despesas com funcionários e terceiros. A FIFA adiantou: todo o dinheiro será auditado. Também o Comitê Olímpico vai socorrer entidades e atletas. Distribuirá US$ 97 milhões, cerca de 320 milhões de reais. Atenderá 185 comitês nacionais e 1,6 mil atletas espalhados pelo mundo. Sem dúvida algo jamais imaginado. Contudo, o pior mesmo, é saber por quanto tempo a crise irá perdurar e as reais consequências, em todos os sentidos, lá na frente.
VOLTO AMANHÃ.
ATÉ LÁ.